COMENTARIOS BIBLICOS-JESUS E A MULHER SAMARITANA: REPENSANDO VELHOS
CONCEITOS
O encontro de Jesus com a mulher samaritana
poderia ser descrito como “a vitória do evangelho sobre os preconceitos
sócio-culturais”. Os judeus e samaritanos não se entendiam desde os tempos de
Oséias, o último rei de Israel.
I
Tudo começou
quando Oséias conspirou contra Salmanasar, rei da Assíria. Samaria, a capital
de Israel, foi sitiada pelas tropas assírias por três anos e, posteriormente,
seus moradores foram transportados para a Assíria (2 Rs 17.3-6). Isto aconteceu
em 722 a.C. Somente os pobres puderam ficar em Israel (cf. Jr 39.10). Logo,
vieram também estrangeiros e se
estabeleceram na região devastada. Diz o relato bíblico: “O rei da Assíria
trouxe gente de Babilônia, de Cuta, de Hamate e de Serfavaim, e a fez habitar
nas cidades de Samaria, em lugar dos filhos de Israel; tomaram posse de Samaria
e habitaram nas suas cidades” (2 Rs 17.24). Da mescla com a população que havia
ficado, surgiu uma nova raça denominada de samaritanos (nome derivado de
Samaria, a metrópole fundada por Onri, pai de Acabe, por volta de 880 a.C.).
No princípio,
quando os estrangeiros passaram a habitar em Samaria, eles não temeram ao
Senhor; pelo que o Senhor mandou leões invadirem suas terras, os quais
mataram a alguns do povo. Com razão atribuíram esta praga à ira de Deus.
Então, rogaram ao rei da Assíria que enviasse um sacerdote israelita para lhes ensinar
“como servir o Deus da terra”. E assim aconteceu que um judaísmo
adulterado foi enxertado ao culto pagão. Quando uma parte dos judeus voltou à
terra de seus pais (principalmente, mas não exclusivamente, parte dos que
haviam sido deportados para a Babilônia em 586 a.C.), construiu-se um altar
para o holocausto e pos-se os fundamentos do templo, samaritanos zelosos e seus
aliados interromperam as obras (Ed 3 e 4). Assim fizeram porque negaram a eles
a permissão de cooperar na obra de reconstrução. Sua petição foi: “Deixa-nos
edificar convosco, porque, como vós, buscaremos a vosso Deus, como também já
lhe sacrificamos desde os dias de Esar-Hadom, rei da Assíria, que nos fez subir
para aqui”. A resposta que receberam foi a seguinte: “Nada tendes conosco na
edificação da casa do nosso Deus”. Ao receberem esta dura resposta os
samaritanos passaram a odiar os judeus. Logo começaram a construir seu próprio
templo no monte Gerizim. Porém, João Hircano, um dos reis macabeus, destruiu
este templo em 128 a.C. Os samaritanos, não obstante, continuaram adorando em
cima da montanha, onde haviam erigido o templo sagrado.
A aversão dos
judeus para com os samaritanos pode ser vista ainda em Jo 8.48 e no livro
apócrifo de Eclesiástico 50.25,26.1 E a mesma atitude por parte dos samaritanos
em Lc 9.51-53.
1. O
historiador judeu Flávio Josefo disse que, por volta do ano 19 d.C., um grupo
de samaritanos entrou no templo de Jerusalém e espalhou ossos humanos sobre o
altar, profanando o santuário e acirrando contra si o ódio judaico. Este ato
causou revolta e indignação por parte de todos os judeus das sinagogas de
Israel, que passaram a encerrar suas orações diárias lançando uma maldição sobre
os samaritanos. Cf. A Missão da Igreja, (Missão Editora, Belo Horizonte,1994),
pp. 65,6.
Dois fatores
principais ocasionaram o encontro de Jesus com a samaritana. O primeiro foi a
desconfiança por parte dos fariseus e a conseqüente “tempestade” que começava a se armar (Jo
4.1). Os fariseus viam surgir diante de seus olhos outro profeta como João
Batista. É certo que a verdadeira preocupação dos fariseus não era com o
batismo de um ou do outro, mas eram as multidões que Jesus arrastava que
começava a incomodá-los. A fim de evitar um confronto antes do tempo, o Mestre
decidiu deixar a Judéia e partir para a Galiléia (v3).
O segundo fator que ocasionou o encontro
está no verso 4: “E era-lhe necessário atravessar a província de Samaria”. Por
que era necessário que Jesus passasse por Samaria? Seria por causa das chuvas
que transbordavam o rio Jordão, dificultando o caminho costumeiramente seguido
pelos judeus que queriam ir até a Galiléia, como sugerem alguns? Acredito que
não. Será que o Mestre apenas queria cortar caminho por Samaria para chegar na
Galiléia? Muito menos, visto que não era normal um judeu passar por Samaria,
seja qual fosse a circunstância. MacArthur observa:
Os samaritanos
representavam uma ofensa tão grande que eles nem queriam por os pés na Samaria.
Embora a rota mais curta atravessasse essa província, os judeus nunca usavam
esse caminho. Eles tinham a própria trilha, que ia ao norte da Judéia, a leste
do Jordão, entrando na Galiléia. Jesus bem poderia ter seguido por essa rota,
muito usada, que unia a Judéia à Galiléia.2
A questão era: Jesus necessitava ir por
aquele caminho e chegar numa cidade samaritana de nome Sicar porque “precisava
atender a um compromisso divino junto ao poço de Jacó”.3
Não há unanimidade entre os estudiosos quanto
ao horário da chegada de nosso Senhor ao poço (v6). João estaria usando o
horário judaico (meio dia) ou o horário romano (seis da tarde)? Este detalhe
não é tão importante. Basta saber que Jesus chegou na hora certa. Nem antes;
nem depois. “Ele estava no local e no tempo indicados por Deus, determinado a
fazer a vontade do Pai. Ele estava lá para buscar e salvar uma única, triste e
desventurada mulher”.4
II
“Nisto veio
uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber” (Jo 4.7).
“Então lhe
disse a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim que sou
mulher samaritana...” (Jo 4.9).
Com uma
simples petição (dá-me de beber), o nosso Senhor declara que a separação entre
os povos em geral, e judeus e samaritanos em particular, estava, de certa
forma, com os dias contados. A parede divisória desaparece onde o evangelho se
faz presente (cf. Gl 3.28; Ef 2.14).
No simples
fato de viajar por Samaria e pedir água à uma samaritana, Jesus estava
derrubando barreiras centenárias de preconceito racial. “A
misericórdia
de nosso Senhor transpôs as barreiras do ódio nacionalista, como se vê não
somente aqui, João 4, mas também em Lc 9.54,55; 17.11-19; e na parábola do Bom
Samaritano (Lc 10.25-37)”.5 É interessante observarmos que o encontro de Jesus
com a mulher samaritana foi precedido pela ida dos discípulos à cidade de Sicar
para comprar alimentos (v8). Mandar os discípulos comprar alimentos foi um
santo pretexto do Mestre. Nem tanto para ficar simplesmente sozinho e conversar
sossegado com a mulher. Muito menos
porque precisasse de comida naquela hora (veja vv31-34). É que as barreiras
deveriam ser destruídas em seus discípulos também (cf. Lc 9.51-56).
Embora
estivesse verdadeiramente cansado e necessitasse de água (vv6,7), Aquele que
pedia tinha muito mais a oferecer. Pedir água àquela mulher fazia parte de uma
estratégia evangelística, se é que podemos dizer assim. “À medida que o Grande
Evangelista procura ganhá-la, Ele orienta sabiamente a conversa, levando-a de
um simples comentário sobre beber água à revelação de que Ele era o Messias”.6
Aquele que pedia água fria estava oferecendo água viva, a saber, a Si mesmo.
Conhecendo a
tradição discriminatória, a mulher ficou perplexa com o pedido de Jesus. Nos
tempos do Novo Testamento havia uma desigualdade muito grande entre homem e
mulher. Nos tempos bíblicos (e em muitos países orientais de hoje) os homens
não conversavam com mulheres em público, mesmo sendo suas esposas. Se entre um
judeu e um samaritano existiam preconceitos profundos, imagine-se entre um
judeu e uma samaritana, e uma samaritana de vida imoral! Independente do modo
em que vivia uma samaritana, os judeus sempre
consideravam-nas em estado de perpétua
contaminação. Um judeu preferia morrer de sede a tomar água da mão de um
samaritano, muito menos de uma mulher samaritana, sobretudo pecadora. Haja
vista a surpresa dos discípulos ao virem Jesus falando com a mulher (v27).
A mulher
estava surpresa com o fato de Jesus se dirigir a ela, pedindo água de seu
cântaro “impuro”. Mas a impureza não estava no cântaro, e sim, na vida dela. E
era aquela vida que o Senhor Jesus queria purificar.
É provável que
na mente da samaritana, moldada por uma sociedade culturalmente preconceituosa,
passasse também o seguinte pensamento: “Tu és judeu, estás necessitado de água
e não podes valer-te. Eu sou mulher samaritana, sou auto-suficiente e,
portanto, posso ajudar-te”. Jesus, pois, mostrou que a realidade era
completamente outra. A mulher é quem precisava de água de verdade e Ele era a
única fonte que podia sacia-la (v10).
Ainda que a
mulher samaritana não entendesse à princípio que a verdadeira água viva estava
fora e não no fundo do poço, os progressos começavam a aparecer. Ela já não vê
Jesus como um simples forasteiro judeu afoito. Agora ela O chama de “senhor”
(v11) e não mais “tu” (v9). Os preconceitos sócio-culturais que impregnavam
tanto judeus como samaritanos começam a arrefecer da parte dela.
Convém
ressaltar, ainda, que a mulher samaritana não era desprezada apenas pelos
judeus, mas também pelo seu próprio povo, em razão da vida libertina que
levava. A vida dela era um emaranhado de adultérios e divórcios. “Na sociedade
de então, isso fazia dela uma pessoa rejeitada e proscrita, com um status
social igual ao de uma prostituta comum”.7
Perto de Sicar
haviam muitos poços nos quais ela poderia buscar água. “As mulheres costumavam
cumprir esta tarefa num horário mais fresco e em grupo, pois era mais seguro e
mais cômodo”.8 Entretanto, a condição de vida que levava a obrigava fazer
longas caminhadas, sozinha, até o poço de Jacó. Além disso, buscava sua água no
horário em que provavelmente não encontraria as suas conhecidas.
O Rev. Miguel
Rizzo Jr., ilustre pastor presbiteriano falecido, escreveu um excelente
opúsculo entitulado O Cântaro Abandonado, no qual relata o preconceito social
sofrido pela mulher samaritana com o seguinte quadro:
“Vivia
segregada da sociedade. Possivelmente, no convívio que outrora tivera com suas
amigas, percebeu que elas a repeliam. Quantas vezes teria ouvido comentários
cortantes de sua conduta!
-Já é o
segundo marido, diriam algumas.
Tempos depois
seria mais acre o comentário:
-Já é o
terceiro marido.
Mas a situação
ia piorar ainda:
-Já é o quarto
marido.
Quantas
ironias acompanhariam, na maledicência social, esses comentários mordazes! E
iam-se tornando mais ferinos:
-Já é o quinto
marido.
Na época em
que se deram os fatos que comentamos, a crítica provavelmente seria já mais
enxovalhante:
-Agora é o
sexto marido”.9
A imoralidade
é uma prática inaceitável. Mas não se pode confundir o pecador com o pecado. A
vida leviana daquela mulher era reprovável, porém, havia nela uma alma
necessitada de compaixão. Estava socialmente marginalizada e moralmente
esfarrapada. E foi assim que Jesus a encontrou e a salvou.
III
“Senhor,
disse-lhe a mulher: Vejo que tu és profeta. Nossos pais adoravam neste monte;
vós, entretanto, dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar” (vv
19,20).
Constrangida
com a revelação de sua vida de pecado, e aproveitando a capacidade profética de
seu interlocutor, a mulher tentou mudar de assunto. Digo “tentou” porque na
verdade era Jesus quem conduzia o diálogo. A mulher estava estrategicamente
cercada do princípio ao fim da conversa. E a evangelização acabaria na hora
exata, com os assuntos devidamente tratados. Não é curioso que os discípulos
chegassem exatamente no fim da conversa?
O último
obstáculo a ser vencido seria o preconceito religioso. Deste preconceito entre
judeus e samaritanos originavam-se todos os preconceitos sócio-culturais. Como
observou corretamente A. Gelston: “O ponto principal da discórdia era o templo
do monte Gerizim”.10 Os judeus insistiam que Jerusalém era o único lugar de
adoração. A tradição samaritana, por sua vez, dizia que uma longa cadeia de
figuras bíblicas, desde Adão até José, conheciam o monte Gerizim como lugar
sagrado. Implicitamente, a samaritana estava perguntando: “Quem está certo?”.
A conversa de
Jesus com a mulher samaritana passa a girar em torno da verdadeira
adoração. “É bastante significante a
importância dada ao lugar de culto por uma alma cujos pecados são expostos”.11
No decorrer do
diálogo muitos sub-temas são abordados, tais como: o lugar da adoração, o tempo
da adoração, a busca dos adoradores, o verdadeiro adorador, a quem se deve
adorar, o modo correto de se adorar, etc. Não temos espaço para tratar
separadamente cada um desses sub-temas. Basta dizer, por enquanto, que Deus só
pode ser verdadeiramente adorado, desde que seja verdadeiramente conhecido.
Como diz muito bem o Dr. Héber Carlos de Campos em seu comentário de João
4.20-24: “O pressuposto inequívoco para verdadeira adoração é o conhecimento do
verdadeiro Deus”.12 Nosso Senhor ensinou à samaritana que quem conhece Deus de
fato, só pode adorá-lO em espírito e em verdade. Estudiosos da Bíblia têm dado
diversas interpretações para a expressão “em espírito e em verdade” de João
4.23,24.13 Parece razoável entendermos que
ao estabelecer o modo correto de adorar a Deus, isto é, em espírito e em
verdade, Jesus estava criticando o culto judaico e o culto samaritano.
Os samaritanos
acreditavam que adoravam o mesmo Deus dos judeus, mas não aceitavam as mesmas
Escrituras dos judeus, a não ser os cinco primeiros livros, o Pentateuco de
Moisés. Como não aceitavam os demais livros da revelação divina (por acharem
que eram invenções dos judeus), o culto dos samaritanos era defeituoso. Por
isso Jesus disse à mulher: “Vós adorais o que não conheceis, nós adoramos o que
conhecemos, porque a salvação vem dos judeus” (v22). Os samaritanos
adoravam “em espírito”, isto é, adoravam
aquele que eles não conheciam “com
alegria e verdadeiro entusiasmo”. Mas e daí? Não adoravam “em verdade” porque rejeitavam 34 livros do
Velho Testamento, a Bíblia de então. A revelação de Deus nas Escrituras é
progressiva; portanto, é impossível conhecê-lO verdadeiramente ficando apenas
com os cinco primeiros livros da Bíblia.
Por outro
lado, os judeus aceitavam toda Escritura. Por isso conheciam Deus e tinham tudo
para adorá-lO corretamente. “Tinham tudo”, mas não o faziam. Os judeus se
limitavam à formalidade de um culto onde o espírito não estava presente.
Faltavam emoção, vida e alegria no culto judaico.13. Consulte comentários
bíblicos de João 4.23,24.
Contudo, uma
nova era estava surgindo para a adoração. Logo, logo tanto judeus como
samaritanos compreenderiam que para adorar a Deus o que menos importava era o
espaço físico. O que conta “não é onde se deve adorar, mas a atitude do coração
e da mente, e a obediência à verdade de Deus quanto ao objeto e o método de
adoração. Não é o onde, mas o como e o quê o que realmente importa”.14 Deus
quer homens e mulheres que O adorem com o espírito dos samaritanos e a verdade
dos judeus.15
O resultado do
encontro de Jesus com a mulher samaritana não poderia ser menos que excelente.
A pecadora tornou-se missionária! Extremamente feliz, deixou seu cântaro e
correu para anunciar na cidade sua grande descoberta: o Messias chegou! A
mulher despertou o interesse dos seus concidadãos de tal modo que conseguiu
levá-los a Jesus (vv29,30). Houve uma grande colheita: Muitos samaritanos
creram em Cristo Jesus (vv39-42).
IV
São grandes as
lições que aprendemos do encontro de Jesus com a mulher samaritana. A começar
pelo resultado da conversa, vemos uma mulher outrora desprezada por todos,
sendo usada poderosamente por Cristo para influenciar
15. É importante observar, porém, que os judeus
aceitavam todo o VT, tendo a oportunidade de conhecer tudo o que de Deus se
podia conhecer “naquela época”.
Entretanto, hoje já não é possível dizer que os judeus conhecem verdadeiramente
a Deus porque rejeitam a revelação de Deus em Cristo Jesus, conforme nos é
ensinado no Novo Testamento.
os moradores
de sua cidade. Quão glorioso é Cristo: “Ele ergue do pó o desvalido, e do
monturo, o necessitado” (Sl 113.7).
Como esta
mulher, existem tantas outras em nossas cidades. Assim como elas, tantos outros
se encontram à margem da sociedade, roubados de seus direitos e dignidade. E
nós, evangélicos, lamentavelmente somos culpados por boa parte da
marginalização do indivíduo pela sociedade, pois fazemos pouco ou nada em
mostrar para a sociedade que o homem e a mulher, a criança e o idoso, o deficiente,
os proscritos em geral , etc., são valorizados por Cristo e como humanos que
são devemos valorizá-los também. Falhamos em não ver (ou fingimos que não
vemos) a pessoa por trás de seus pecados.
Outra lição
importante que aprendemos de João 4 são os princípios básicos para uma boa
evangelização. Notamos que Jesus conduzia a conversa, utilizando-Se,
primeiramente, de Sua sede física para chegar à sede espiritual daquela mulher.
Com habilidade o Senhor invalida as tentativas da samaritana de controlar o diálogo,
mudar de assunto e perguntar coisas sem importância. Não precisamos conhecer a
vida de uma pessoa como Cristo conhece para
sermos eficicientes na evangelização. Nossa suficiência está em Cristo e
o Espírito Santo nos guiará com triunfo em nossa evangelização.
Mas as lições
de evangelismo continuam. Na tentativa de fugir da confrontação, vemos na
mulher samaritana o símbolo do pecador em seu estado natural. No “cerco” de
Cristo temos o exemplo que devemos seguir na evangelização dos perdidos.
Aprendamos com o Mestre a sermos mais sensíveis com os marginalizados e como
abordá-los com eficiência.
Não é preciso
pressa quando se evangeliza. Este é outro ponto que extraímos de João 4. O
importante, como o nosso Senhor ensinou,é que haja progresso. O próprio Jesus
revelou pouco a pouco quem Ele era. E em perfeita harmonia com esta revelação
gradual, a confissão da mulher também avançou. Primeiro viu Jesus como um
simples forasteiro judeu; depois um profeta, que revelou coisas de sua vida
particular e, por último, o Messias.
A conversa
sobre a verdadeira adoração é uma preciosidade do Novo Testamento. Contudo, ao
mesmo tempo que é edificante torna-se
preocupante também. Receio que muito do chamado culto cristão de hoje
não passe de culto samaritano ou judaico. De um lado temos os entusiastas, mas
vazios de conteúdo, de doutrina. Do outro lado temos os experts na Bíblia e na
doutrina, mas totalmente frios e sem entuisiasmo e alegria no Senhor. Que Deus nos ajude a oferecermos a
Ele a adoração que Lhe é devida.
AUTORES;.
Josivaldo de
França Pereira
Pastor da
Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB)
Escritor
Manoelzinho Contagem MG
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