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terça-feira, 22 de julho de 2014

04-A REFORMA DE CALVINO

COMENTARIOS BIBLICO HISTORICO 04-A REFORMA DE CALVINO

A riqueza material pode ser um sinal da salvação eterna
João Calvino (1509-1564) nasceu em Noyon, na Franca, país em que estudou
Teologia e Direito. Influenciado pelo pregador Guilherme Farel, aderiu ás idéias protestantes.
Quando, em 1534, as autoridades católicas francesas caçavam os suspeitos de heresias,
Calvino fugiu para a Suíça, onde o movimento reformador já se desenvolvia, sob a liderança
de Zwinglio (1484-1531).
Em suas pregações, Zwingho dava muita importância à crença na predestinação dos
homens para a salvação, valorizando menos o aspecto da justificação pela fé. Homem prático
e racionalista, Zwinglio conquistou o apoio da burguesia comercial da Suíça. Seu trabalho
religioso preparou o caminho para que lá se desenvolvessem as idéias de João Calvino.
Em 1536, Calvino publicou sua principal obra, a Instrução da religião cristã crista, na
qual afirmava que o ser humano estava predestinado, de modo absoluto a merecer o céu ou o
inferno. Explicava que, por culpa de Adão, todos os homens já nasciam pecadores (pecado
original), mas Deus tinha eleito algumas pessoas para serem salvas, enquanto outras seriam
condenadas à maldição eterna.
Portanto nada que os homens pudessem fazer em vida poderia mudar-lhes o destino,
previamente traçado. Mas a fé, existente em algumas pessoas, podia ser interpretada como
um sinal de que elas pertenciam ao grupo dos eleitos por Deus à salvação. Tais pessoas, os
eleitos, sentiriam dentro do coração um irresistível desejo de combater o mal do mundo,
simplesmente para a glória de Deus. A prosperidade econômica de algumas pessoas, sua
riqueza material, era interpretada pelos seguidores de Calvino como um sinal da salvação
predestinada.
Governo autoritário e valores burgueses
Em 1538, Calvino foi expulso da Suíça, devido a seus excessos de rigor e de autoritarismo.
Entretanto conseguiu retornar em 1541 e consolidou seu poder na cidade de Genebra,
tornando-se senhor absoluto do governo e da nova Igreja calvinista até o ano de 1561.
Durante esse período, Genebra ficou submetida a um governo teocrático, que dirigia a
sociedade misturando política e religião.
Entre os órgãos criados pelo governo calvinista destacava-se o Consistório,
encarregado de vigiar e punir os cidadãos. O calvinismo condenava práticas corno o jogo, o
culto a imagens de santos, a dança, o adultério. As penas impostas aos infratores eram
geralmente duras e cruéis. Muitos foram condenados à morte, entre eles, o médico espanhol
Miguel de Servet, queimado vivo por negar o pecado original.
Com base no calvinismo, criou-se um modelo de homem burguês que cultivava o
trabalho, a religião, a poupança e o lucro máximo. Para esse homem calvinista, o sucesso
econômico e a conquista de riquezas eram um sinal da predestinação divina. Essa ideologia
foi bem recebido pela burguesia comercial por uma razão simples: a ganância do lucro era
justificada pela ética religiosa calvinista.
Identificando-se com os valores da burguesia, o calvinismo espalhou-se por diversas
regiões da Europa, como França, Inglaterra, Escócia e Holanda países onde se expandia o
capitalismo nascente.

Conclusão
A religião está presente em todas as sociedades e tem grande influência na
cultura dos povos.
Apesar dele se dirigir ao intelecto das pessoas, não é explicado pela
filosofia, nem pela ciência. A religião atinge as emoções, origina a fé na lei divina,
é um sentimento tão forte que pode ser a base de toda uma cultura.
Os pensamentos se renovam e as culturas se proliferam; a vida evolui e a
colheita intelectual da humanidade aumenta a cada dia. E quanto mais a
humanidade evolui, mais unida e mesclada fica.


COMPILADO E EDITADO PELO ESCRITOR MANOELZINHO CONTAGEM MG 17 FEVEREIRO 2014

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