COMENTARIOS BIBLICO HISTORICO 07-A
Religião – Islamismo
-A Religião –
Islamismo
A palavra religião vem do latim: religio. A religião é um vínculo, onde o
mundo profano e o mundo
sagrado são as partes
vinculadas.
Esse vínculo, na religião judaica, aparece quando Jeavá indica ao povo o
lugar onde deve habitar - a
Terra Prometida - e o espaço onde o templo deverá
ser edificado, para nele
ser colocada a Arca da Aliança, símbolo do vínculo que
une o povo e seu Deus. No
cristianismo, a religio é explicitada por um gesto de
união. O espaço sagrado é criado pela
religião através de sacralização e
consagração. Os céus o monte Olimpo (na Grécia), as montanhas do deserto (em Israel), templos e igrajas são santuários ou morada dos deuses.
A religião não transmuta apenas com o espaço. Também qualifica o
tempo,
dando-lhe a marca do
sagrado. A narrativa sagrada é a história sagrada que
os
gregos chamavam de mito, ou
seja, é uma maneira
pela qual uma sociedade narra para si mesma seu começo e o de toda a sua realidade, inclusive o começo do nascimento dos próprios deuses (teogonias).
A história sagrada ou mito narra como e por que a ordem
do mundo existe,e como e por que foi doada aos humanos pelos deuses.
RITOS
Os ritos são criados para explicar porque a religião liga humanos e
divindade, porque organiza
o espaço e o tempo, os
seres humanos precisam
garantir que a ligação e a organização se mantenham e sejam sempre propícias.
Uma vez fixada a simbologia
de um ritual, sua eficácia dependerá da repetição
minuciosa e perfeita. O
rito é uma cerimônia na qual é possível adquirir o
poder
misterioso de presente:
fixar o laço entre humanos
e a divindade.
OS
OBJETOS SIMBÓLICOS
A religião não sacraliza apenas o espaço e o tempo, mas também seres e
objetos do mundo que se
tornam símbolos de algum
fato religioso. Sobre esse ser ou objeto recai a noção de tabu: é um interdito, ou seja, não pode ser tocado nem manipulado por ninguém que não esteja
religiosamente autorizado para isso. No judaísmo e no islamismo a carne de porco é tabu (é impura), pois o
tabu também pode se
referir a seres impuros que devem permanecer afastados dos deuses e humanos.
MANIFESTAÇÕES E REVELAÇÃO
Os deuses podem se
manifestar através da iluminação, ou seja, é dado a
um humano a capacidade de
ver o que um ser humano comum não pode. E
através da revelação, onde o homem consegue ver a vontade de Deus, com
visões e sonhos.
No caso do islamismo, a visão é dada pela revelação.
A vontade divina pode
tornar-se parcialmente conhecida dos humanos, sob
a forma de leis. Ela pode
se manifestar diretamente ou por intermediários
MAOMÉ
O nome Maomé (570 - 632) é uma alteração hispânica de Muhammad, que
significa digno de louvor.
O Profeta nasce em Meca, numa família de mercadores.
Começa sua pregação aos 40 anos, quando, segundo a tradição, tem uma visão
do arcanjo Gabriel, que lhe
revela a existência de um Deus
único. Na época, as
religiões da península Arábica são o cristianismo bizantino, o judaísmo e uma
forma de politeísmo que venera vários deuses tribais. Maomé passa a pregar sua mensagem monoteísta e encontra grande oposição. Perseguido em Meca, é obrigado a emigrar para Medina, em 622. Esse fato, chamado Hégira, é o marco inicial do calendário muçulmano. Em
Medina, ele é reconhecido
como profeta e legislador, assume a autoridade espiritual e temporal, vence a
oposição judaica e
estabelece a paz entre as tribos árabes. Quase dez anos depois, Maomé e seu exército ocupam
Meca, sede de Caaba, centro de peregrinação dos muçulmanos.
Maomé morre em 632 como líder de uma religião em expansão e de um
Estado
àrabe em via de
se organizar politicamente.
PRECEITOS RELIGIOSOS
A vida religiosa do muçulmano tem práticas bastante rigorosas. Ele deve
cumprir os chamados pilares
da religião. O primeiro é a shadada ou profissão de
fé: Não há deus e sim
Deus. Maomé é o profeta de
Deus. Ela deve ser
recitada
pelo menos uma vez na vida,
em voz alta, com pleno entendimento de seu
significado.
O segundo pilar são as cinco orações diárias comunitárias (slãts), durante as
quais o fiel deve ficar
ajoelhado e curvado em direção a Meca. Às sextas-feiras
realiza-se um sermão a partir de um verso do Alcorão, de conteúdo moral, social
ou político. O terceiro pilar é uma taxa chamada zakat. Único tributo permanente
ditado pelo Alcorão, é pago anualmente em grãos, gado ou dinheiro. Deve ser
empregado para auxiliar os
pobres, mas também para o pagamento
de resgate de muçulmanos presos
em guerras. O quarto pilar consiste no jejum completo feito durante todo o mês do Ramadã, do amanhecer ao pôr-do-sol. Nesse período, em que se celebra a revelação do Alcorão a Maomé, o fiel não pode comer,
beber, fumar ou manter relações sexuais. O quinto pilar é o hajj ou a peregrinação a Meca, que precisa ser feita pelo menos uma vez na vida por todo muçulmano com condições físicas e econômicas para tal.
A esses cinco pilares, a
seita khawarij adicionou o jihad. Traduzido comumente
como guerra santa,
significa batalha com a qual se atinge um dos objetivos do
islamismo: reformar o
mundo. É permitido o uso
dos Exércitos
nacionais como
meio de difundir os princípios do islã. Segundo a doutrina muçulmana, as guerras,porém, não podem visar a
expansão territorial
nem a conversão forçada de pessoas. Por isso, o jihad
não é aceito por toda a comunidade islâmica.
FESTAS
RELIGIOSAS
As principais são Eid el Fitr, Eid el Adha, ano de Hégira e a comemoração
do nascimento de Maomé. Elas acontecem nessa ordem ao longo do ano e são
definidas segundo o calendário lunar, por isso têm datas móveis. Na Eid el Fitr é
comemorado o fim do Ramadã, com orações coletivas. Eid el Adha rememora o
dia em que Abraão aceita a ordem divina de sacrificar um
carneiro em lugar de
seu filho, Ismael. Na época de Eid el Adha também acontece a peregrinação a
Meca. O ano de Hégira é o Ano-Novo islâmico, comemorado no dia 1º do mês
Muharram. O ano
(1998/1999) foi o 1.419º da Hérgia. O marco
inicial é o ano de
622, quando Maomé deixa Meca.
DIVISÕES DO ISLAMISMO
Os muçulmanos se dividem em dois grandes grupos, os
sunitas e os xiitas. Os
sunitas subdividem-se em
quatro grupos menores: hanafitas, malequitas, chafeitas e hambanitas. São os seguidores da tradição do Profeta, continuada por All-Abbas, seu tio.
Calcula-se que 83% dos muçulmanos sejam sunitas. Para eles, a autoridade espiritual pertence à comunidade como um todo. Os xiitas (16% dos muçulmanos) são partidários de Ali,
marido de Fátima, filha de
Maomé. Seus
descendentes teriam a chave para interpretar os ensinamentos do Islã. São líderes da
comunidade e continuadores da missão espiritual de Maomé. A rivalidade com os sunitas é exacerbada com a revolução iraniana liderada por Ruhollah Khomeini.
Conclusão
A religião está presente em todas as sociedades e tem grande influência na
cultura dos povos.
Apesar dele se dirigir ao
intelecto das pessoas, não é explicado pela
filosofia, nem pela ciência. A religião atinge as emoções, origina a fé na lei divina,
é um sentimento tão forte que pode ser a base de toda uma cultura.
Os pensamentos se renovam e
as culturas se proliferam; a vida evolui e a
colheita intelectual da
humanidade aumenta a cada dia. E quanto mais a
humanidade evolui, mais
unida e mesclada fica.
COMPILADO
PELO ESCRITOR MANOELZINHO CONTAGEM MG 17 FEVEREIRO 2014